Nossa História
Relembrando as Origens
A Redeh surgiu por iniciativa de um grupo de mulheres ativistas da área da saúde da mulher no Rio de Janeiro que viam nas novas tecnologias da reprodução, sobretudo nos anticoncepcionais de longa duração, ministrados através de implantes no corpo das mulheres, uma ameaça à saúde e aos direitos individuais. Essa foi também uma das bandeiras do ecofeminismo que surgia com força na Europa, sobretudo, na Alemanha, onde o Partido Verde ganhava adesão e absorvia novos movimentos e novas causas que até então ocorriam nas margens e não tinham uma expressão partidária. No Brasil, o Partido Verde teve seu berço no Rio de Janeiro e seguiu o exemplo do PV alemão com espaço e liberdade de expressão para as mulheres que formaram dentro do PV fluminense o Bando de Mulheres, levando as questões das tecnologias reprodutivas e sobretudo os abusos dos experimentos com a engenharia genética para o seio das bandeiras levantadas dentro do partido.
Esse foi o início da organização que teve o seu primeiro estatuto já marcado por essa conexão entre a colonização capitalista do corpo feminino e dos demais seres humanos com a destruição e o desrespeito à natureza em todas as suas expressões de vida. A REDEH passou a ser conhecida como organização eco feminista e como tal passou a fazer parte das redes e articulações nacionais e internacionais que se alinhavam com essa visão estratégica.
Foi assim, que em 1989, a REDEH foi convidada a participar de uma Conferência Internacional da rede FINRRAGE (Rede Feminista Internacional de Resistência a Engenharia Genética e Reprodutiva). A Conferência aconteceu em Bangladesh e proporcionou um contato direto com a recém criada Fundação das Mulheres do Partido Verde da Alemanha que se interessaram pelo movimento no Brasil e sugeriram a organização de uma conferência internacional, nos mesmos moldes da que havia ocorrido na Asia, para chamar atenção sobre a temática. E assim, a Redeh organizou a Conferência Mulher, Procriação e Meio Ambiente, em 1991 com a participação de mulheres do mundo inteiro e sobretudo de representantes de organizações e redes do Brasil e da América Latina. A essas alturas, uma outra circunstância paralela, que marcou profundamente os desdobramentos da REDEH, foi a escolha do Brasil para sediar a reunião da ONU da Cúpula da Terra que ficou conhecida como ECO-92.
Mundialmente o movimento de mulheres se articulava para ter uma participação expressiva no processo de elaboração do documento central da conferência, a Agenda 21, e nele, a discussão sobre População e Desenvolvimento, além, das Convenções sobre Biodiversidade e sobre o Combate a Mudança do Clima que teriam lugar na mesma reunião. Por ser a única organização estruturada e com perfil internacional a tratar da temática mulher e meio ambiente no Brasil, a REDEH foi convidada para constituir o Comitê Diretivo do WEDO (Organização das Mulheres para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento). Com sede em Nova York, o recém formado WEDO reuniu todas as pioneiras ecofeministas do mundo, a vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Wangari Maathai, a renomada ativista indiana Vandana Shiva, a parlamentar defensora dos direitos civis no Estados Unidos, Bella Abzug entre muitas outras mulheres com trajetórias de ativismo já consolidado na política de seus respectivos países. Thais Corral, uma das fundadoras da REDEH, fez parte desse grupo de mulheres, lideranças de várias regiões do mundo e com isso a REDEH esteve presente em todas as reuniões estratégicas que precederam a Cúpula da Terra/ECO-92. A REDEH articulou uma delegação brasileira que participou do Congresso Mundial Mulheres por um Planeta Saudável em Miami, em 1991, onde foi discutida e elaborada a Agenda 21 de Ação das Mulheres, documento estratégico que propiciou a inclusão de inúmeras recomendações das mulheres nos documentos oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED).
Na Rio-92 ou ECO-92, propriamente dita, a REDEH impulsionou a criação da Coalizão de Brasileiras, composta pelas organizações feministas: Caces, Cemina, Idac, Redeh e SOS Corpo, e foi a principal articuladora junto ao WEDO do Espaço das Mulheres no Fórum Global das Organizações da Sociedade Civil, sem precedentes na história das Conferências da ONU. Foram 14 dias de eventos organizados pelos diferentes grupos de interesse, ou parceiras do desenvolvimento sustentável. As mulheres de diferentes setores, territórios e culturas se uniram e estiveram juntas no Planeta Fêmea, evento que reuniu durante esses 14 dias uma audiência constante de 1.500 pessoas formada por presidentes de estados, celebridades, lideranças indígenas, populares e público em geral. O sucesso da articulação internacional das mulheres nesse espaço da Cúpula da Terra, que se chamou Fórum Global, lhes concedeu para sempre um lugar de visibilidade na plataforma do Desenvolvimento Sustentável. E depois dessa Conferência Internacional vieram muitas outras nos anos 90 que abordaram temas críticos tais como Direitos Humanos, População e Meio Ambiente, a questão das mulheres e do desenvolvimento, o direito a cidade, a habitação e crescimento urbano, o racismo. Em todas, o WEDO e a REDEH estiveram presentes, fazendo pontes, e afirmando os princípios da agenda da ação das mulheres que preconizam afirmam o respeito a todas as formas de vida, a valorização do trabalho que se dá no âmbito doméstico, a participação das mulheres na política, na economia e na proteção dos recursos naturais.
Essa exposição internacional intensa na década dos anos 90, permitiu que a REDEH se destacasse também no cenário nacional junto aos espaços seja da sociedade civil, seja do governo, criados para implementação dos planos de ação dessas Conferências Internacionais. Os mais significativos foram os relativos aos planos de ação da Cúpula da Terra, especialmente a Agenda 21. A REDEH teve uma participação estratégica na implementação das Agenda 21 Local, Estadual e Nacional. Acompanhou a implementação da Agenda 21 em 50 municípios. Contribuiu para a legislação e a implementação da Agenda 21 Estadual do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Pernambuco. Coordenou junto a outras duas organizações, o ISER (Instituto de Estudos da Religião) e o IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) a consulta pública para elaboração da Agenda 21 Brasileira nas temáticas de Cidades Sustentáveis e Redução das Desigualdades Sociais. REDEH também desenhou a estratégia e conduziu a consulta sobre Boas Práticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 que culminou numa publicação que serviu como um catálogo importante para municípios, empresas, estados e instituições públicas e privadas em geral. A Conferência promovida pelo Ministério do Meio Ambiente em 1997, cinco anos depois da Rio-92 foi um marco de mobilização da sociedade brasileira como um todo em torno da temática da sustentabilidade. Nesse ano, ao reconhecer a sua missão ampla no tema do meio ambiente e desenvolvimento, a REDEH mudou a sua denominação e passou a chamar-se, Rede de Desenvolvimento Humano.
Outra conferência da ONU em que a atuação e articulação da REDEH se fez presente foi a Conferência das Mulheres em Pequim em 1995 na China. Durante o processo preparatório no país ajudamos a fundar a AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras rumo a Beijing e participamos como representante do Brasil na Coalizão Regional da América Latina e Caribe. REDEH também liderou a temática do meio ambiente junto com o WEDO e teve uma importante participação na campanha 180 dias/ 180 maneiras catalogando experiências do mundo inteiro que depois foram apresentadas em Pequim.
Colaboramos no campo da educação e da saúde para que muitas das propostas das Conferências Internacionais fossem implementadas nos temas transversais da educação não discriminatório. Junto ao MEC elaboramos material didático e organizamos capacitações para centenas de escolas no Estado do Rio de Janeiro e em outros lugares do Brasil.
No campo da saúde da mulher a REDEH também desenvolveu campanhas inovadoras colaborando com o Ministério da Saúde para a erradicação do câncer do colo uterino e de mama. Foi elaborado material de campanha que levou as áreas mais recônditas do Brasil de norte a sul, as informações que as mulheres necessitavam, sensibilizando profissionais da saúde através da linguagem e de práticas de humanização do atendimento.
A nova década dos anos 2000 que já se abriu com novos desafios globais como a guerra ao terrorismo internacional e à constatação do agravamento das mudanças climáticas, puseram fim ao sonho de ver muitas das propostas cuidadosamente elaboradas pela sociedade civil, confiadas aos governos, serem abandonadas. Novas correntes fundamentalistas ganharam espaço político e a violência contra as mulheres e contra a natureza não retrocedeu como se esperava. Nesse cenário, a REDEH passou a atuar mais em temáticas da defesa dos direitos fundamentais das mulheres e em questões específicas de justiça ambiental e social, associadas a qualidade de vida das comunidades, valorizando a participação das mulheres em sua diversidade.
Por ocasião das comemorações da chegada dos portugueses no Brasil, em 2000, a REDEH criou o Programa Mulher 500 anos atrás dos panos, com o objetivo de dar visibilidade às mulheres que ajudaram a construir esse país e estavam fora dos registros oficiais. Durante anos de pesquisa, pudemos produzir várias publicações e ajudar a dar voz a quem sempre esteve nos pés de página da história.
Várias outras oportunidades surgiram. A organização passou a fazer parte de uma coalizão internacional chamada Sul-Sul Norte que se formou com o objetivo implementar iniciativas pioneiras que associam mitigação e adaptação à mudança climática com combate à pobreza. REDEH ficou responsável pelo desenvolvimento das capacidades das iniciativas a serem implementadas. A própria organização lançou uma delas para ser o campo de aprendizado e promover a capacitação. Exemplo é o projeto Pintadas Solar que tinha por objetivo implementar junto a famílias da pequena agricultura familiar bombeamento de água movidas a placas fotovoltaicas. Pelo caráter inovador o projeto Pintadas Solar foi vencedor do prêmio SEED da ONU, em 2008, e esse foi o início de um processo que durou dez anos de ações no Território da Bacia do Rio Jacuípe, no Semiárido da Bahia. Pintadas Solar se transformou em Adapta Sertão e o projeto foi pioneiro em diversas frentes que associavam adaptação a mudança climática, agricultura familiar, segurança alimentar e geração de renda. Nesse contexto, seis cooperativas da região foram revitalizadas e um modelo de regeneração da caatinga através de agrofloresta e da produção de polpa dos frutos das árvores da caatinga. O Adapta Sertão recebeu vários prêmios incluindo o dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio como uma ação exemplar de empoderamento das mulheres e combate à pobreza com geração de renda através da regeneração da caatinga.
Ainda, no campo da Educação, além dos projetos de formação de profissionais da rede pública, lançou nacionalmente a Campanha de enfrentamento à violência contra meninas e mulheres “Quem Ama Abraça Fazendo Escola”, com um conjunto de materiais voltados para a sociedade, para os meios de comunicação e para as escolas.
Nos últimos anos a REDEH abraçou programas de escala tais como a política pública de inclusão digital na cidade do Rio de Janeiro, através das Casas Rio Digitais e Naves do Conhecimento, onde a REDEH foi gestora desses espaços de inclusão digital em mais de 40 comunidades de baixa renda, com um impacto de aproximadamente 250 mil pessoas.
Desde 2021, a ação da organização está voltada para a construção de um Portal Feminista Antirracista, onde será disponibilizado o material de acervo da REDEH e, para o fortalecimento da AMB e da Rede de Mulheres de Friburgo, na luta por justiça social, econômica e ambiental, pelos direitos sexuais e autonomia reprodutiva das mulheres, pelo fim da violência doméstica, sexual, política, institucional e o feminicídio, na luta contra o racismo e no apoio à Redes de Solidariedade Feminista.
A seguir, apresentamos as principais ações desenvolvidas no contexto das áreas de atuação que percorremos nesses 30 anos.
MULHERES POR UM PLANETA SUSTENTÁVEL
Visando estabelecer uma ponte entre as recomendações firmadas nas Conferências da ONU – em especial a Conferência Mundial da Mulher (Beijing, 1995) e a Conferência Mundial de Educação de Adultos (Hamburgo, 1997) – e as políticas nacionais de educação, a REDEH vem contribuindo para a reflexão e inclusão de novos temas no cotidiano escolar e na vida pública, através do programa Por uma Educação Não Discriminatória.
Esta iniciativa tem por objetivo internalizar no dia-a-dia das salas de aula os conceitos, então inovadores, dos chamados temas transversais, conforme os objetivos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), nos pressupostos definidos pela Lei 10639/03 e no Parecer CNE/CP 003/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Através do Programa de Formação Continuada de Professores, a REDEH proporciona na prática a revisão de conhecimentos, valorizando e motivando o exercício de uma educação não-discriminatória. Gênero, raça, etnia, saúde e meio ambiente, direitos humanos, orientação sexual, violência contra as mulheres e gravidez na adolescência são os temas que temos trabalhado com docentes da rede de ensino da educação fundamental. Busca ainda, refletir com os/as educadores/as, a superação dos preconceitos sociais, presentes no cotidiano da instituição escolar, através da produção de material de suporte didático e do processo de capacitação.
A formação de professores(as) consiste na elaboração de um kit de material de apoio específico ao tema em questão. Com excelente tratamento visual, programas de rádio e vídeo, em linguagem de fácil compreensão, o material didático/pedagógico é um ótimo instrumento para o trabalho nas escolas, assim como para debates e reflexões em diferentes grupos sociais. Nos seminários de formação – em geral de 120 horas cada -, as temáticas e a utilização do material são apresentadas e vivenciadas com os professores e ou educadoras/es sociais.
Desde sua implantação, em 1996 até 2004, cerca de 4.500 educadores/as, em 36 municípios do Estado do Rio de Janeiro, participaram de processo de cursos na área de Gênero, Raça e Etnia, Meio Ambiente e Orientação Sexual. Este programa tem sido desenvolvido em parceria com a Secretaria de Ensino Fundamental do MEC, Secretaria Estadual e Secretarias Municipais do Rio de Janeiro.
A longa experiência da REDEH na área de material didático pedagógico para educadores(as) e alunos(as) nos levou a realizar um trabalho conjunto com o MEC/SECAD voltado para as Escolas Quilombolas, sempre em articulação com instituições e lideranças locais das comunidades remanescentes de quilombos. A parceria deu origem a pesquisa realizada nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia e a formação e distribuição do material produzido especialmente para cada realidade envolvida no projeto.
Com o objetivo de contribuir para construção de uma sociedade mais justa, igual e democrática extrapolamos os muros da escola e uma série de práticas educativas foram realizadas pela REDEH com diferentes seguimentos sociais, acreditando que a integração da perspectiva de gênero e raça é decisiva, pois as desigualdades, discriminações e violências presentes em nossa sociedade são refletidas e sentidas, mais especificamente pela população negra e indígena.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA TODAS, TODOS E TODES
Em pleno século XXI, com todas as inovações tecnológicas existentes, é possível imaginar que uma parcela significativa da população mundial não tenha acesso à Internet e está excluída do mundo digital? Foi pensando nesse e outros questionamentos que a REDEH começou a atuar também na área da inclusão digital. O desafio foi criar oportunidades de avanço tecnológico para gerar mais e melhores alternativas de trabalho e cidadania, contribuindo para a profissionalização e maiores qualificações no país. A parceria com a organização CEMINA – Comunicação, Educação e Informação em Gênero, uma organização que promoveu vários projetos de inclusão e educação digital para as mulheres, sobretudo na década de 1990 e início dos anos 2000, rendeu bons frutos.
A REDEH, inspirada nessa experiência anterior, buscou outras iniciativas que promovessem a inclusão digital das mulheres e de todos/es na sociedade. Ao abraçar o Projeto Casa Rio Digital e Naves do Conhecimento, em parceria com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro, a partir de 2012, teve como objetivo de contribuir para a inclusão social de todas as pessoas, independente de sexo, raça e geração, através de cursos tecnológicos e atividades culturais, contribuindo com a formação cognitiva e cidadã da população de baixo poder aquisitivo, cujo acesso às novas ferramentas tecnológicas é mais restrito.
INICIATIVAS REALIZADAS DENTRO DESSA ÁREA DE ATUAÇÃO, INDICADAS CRONOLOGICAMENTE:
1990
Ano de fundação da REDEH
Fundada em 1990, a REDEH – Rede de Desenvolvimento Humano, assim como tantas outras organizações que surgiram no processo de redemocratização no Brasil, tem sua origem na articulação de questões vitais para a sociedade brasileira, mas ainda pouco trabalhadas em nossa jovem democracia. O feminismo e o ambientalismo, dois movimentos de grande repercussão e visibilidade no final dos anos 80 tinham afinidades, mas conversavam pouco entre si. Foi através do trabalho da REDEH e de outras organizações parceiras que as interfaces entre as mulheres e o meio ambiente ganharam visibilidade e uma nova plataforma para a ação.
Congresso Mundial das Mulheres
por um Planeta Saudável
Aconteceu em Miami, nos Estados Unidos, organizado pelo WEDO com a colaboração da REDEH e outras articulações internacionais. Contou com a presença de 1.500 lideranças representantes de redes mundiais, provenientes de 83 países. O Congresso teve como objetivo a formulação da plataforma das mulheres para o desenvolvimento sustentável, a Agenda de Ação das Mulheres por um Planeta Saudável, lançada no ano seguinte, durante a Rio-92, seria o norte da estratégia política das mulheres tanto na Rio-92 quanto nas conferências que se seguiram.
Natureza versus High Tech
Com o objetivo de aprofundar o debate sobre as novas tecnologias de reprodução, um dos tópicos da Conferência Mulher, Procriação e Meio Ambiente, a REDEH, em parceria com o CAEM – Centro Autônomo de Estudos sobre a Mulher (RS) deu início a uma série de diálogos e encontros a fim de sensibilizar os coletivos de mulheres, de Porto Alegre (RS) sobre a temática.
1992
Rio-92 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Na conferência ECO-92, e no processo que antecedeu a conferência, o esforço foi de influenciar a construção dos documentos trazendo a perspectiva feminista para um debate civilizatório. Esse esforço resultou na inclusão de um capítulo sobre Agenda 21 das Mulheres, e aprovada pelos 170 chefes de estado, presentes na Conferência.
Planeta Fêmea
O fato de o Brasil sediar a ECO-92 criou um campo propício para a mobilização de diferentes setores do movimento de mulheres, em nível nacional e internacional, que confluíram através do Planeta FEMEA, estratégia da qual a REDEH foi uma das principais arquitetas. Um dos maiores espaços do Fórum Global de ONGs, no Aterro do Flamengo, o Planeta Fêmea, organizado pela Coalizão de Mulheres Brasileiras e WEDO, reuniu mais de 30.000 pessoas, durante a Rio 92, e ganhou reconhecimento nacional e internacional como uma das estratégicas mais impactantes do Fórum Global de ONGs.
Vídeo Planeta Fêmea
Inciativa da Coalizão de Mulheres Brasileiras, da qual a Redeh foi uma das coordenadoras, o vídeo, produzido pelo COMULHER, registra a Celebração da esperança, na Praia do Leme, a abertura do Planeta Fêmea, as diferentes atividades políticas e culturais ocorridas na Tenda e as estratégias e reflexões das mulheres antes e durante a Eco 92, especialmente os Tratados sobre População, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Terra Femina I
Publicação produzida pela REDEH e IDAC, reunindo um conjunto de textos, do ponto de vista das mulheres contra a unilateralidade da história humana, ditada por um sexo que escreve o destino do outro, ditado por raças que escrevem o destino de outras, e partilham do desejo de reescrever a história, lutando por um mundo mais justo onde soprem os ventos do Sul.
Novas Tecnologias de Reprodução Humana: Dilemas e aspetos éticos
Surpreendidas por notícia vinculada na imprensa, acerca da votação de resolução sobre técnicas de Reprodução Assistida, fundamentada em documento do Conselho Federal de Medicina, esta publicação foi criada para manifestar nossas preocupações a respeito de assunto polêmico. O documento traz à tona questões de interesse de toda a sociedade, no que diz respeito à reprodução humana, com o intuito de contribuir para um amplo debate e reflexão tendo em vista seu impacto, dimensões e consequências.
Mulher, Qualidade de Vida
e Meio Ambiente I
Atividade organizada pela Redeh, em parceria com o Ser Mulher, PREA, Pachamama e Tibá – espaço alternativo, em Bom Jardim, para discutir o eco feminismo e estratégias para implementação da Agenda 21 das Mulheres. Os resultados desse encontro foram apresentados em debate público no Centro de Artes de Friburgo (RJ).
Meu corpo ambiente
O projeto desenvolve oficinas interativas sobre o lixo, em 25 municípios do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de trabalhar questões relacionadas ao lixo doméstico, lixo escolar, incluindo o lixo do corpo, aquele ingerido de forma abusiva de alimentos e medicamentos.
Esterilização de Mulheres
Pesquisa realizada pela Secretaria Extraordinária das Populações Negras e a REDEH, na cidade de Campos (RJ), para verificar a distribuição da variável racial entre as mulheres esterilizadas, a fim de enriquecer os dados já levantados pela CPI da Esterilização realizada pela ALERJ.
Médicas, Bruxas e Curandeiras
Encontro organizado pela REDEH em parceria com o espaço Tibá – Instituto de Tecnologias Intuitivas e Bio-Arquitetura, em Bom Jardim (RJ). As participantes do encontro, mulheres que trabalham com acupuntura, homeopatia, florais de Bach, barro, ervas, cristais, massagens diversas, psicodrama, tarot, astrologia, alimentação integral, espiritualidade compartilharam suas visões sobre a saúde que rejeitam os princípios mecanicistas da medicina e a mercantilização da vida.
Mulher, Qualidade de Vida
e Meio Ambiente II
Encontro organizado pela REDEH em parceria com o espaço Tibá – Instituto de Tecnologias Intuitivas e Bio-Arquitetura, em Bom Jardim (RJ). As participantes do encontro, mulheres que trabalham com acupuntura, homeopatia, florais de Bach, barro, ervas, cristais, massagens diversas, psicodrama, tarot, astrologia, alimentação integral, espiritualidade compartilharam suas visões sobre a saúde que rejeitam os princípios mecanicistas da medicina e a mercantilização da vida.
1993
Ciclos da Vida
A publicação versa sobre a biodiversidade e a procriação humana, um manual de sobrevivência para repensar o tempo, ou a falta de tempo, que mudou o tempo do corpo humano, das culturas agrícolas, das estações e para quem espera da vida mais que o desenrolar do cotidiano, mais que a resolução da intricada rede de obrigações que nos envolve. O Livro contou com a valiosa colaboração de Fernanda Carneiro e Cláudia Zur, e foi lançado pela primeira vez na Fundação Oswaldo Cruz.
Fórum da Agenda 21
Local do Rio de Janeiro
REDEH fez parte do grupo que propôs a criação do Fórum com participação da sociedade civil, tornando-se, após a efetivação do mesmo, uma das instituições integrantes. Importante destacar que a capital do Rio de Janeiro foi a primeira cidade a formular e implementar esta Agenda.
Caravana Verde – A Luta das Mulheres
por um Planeta Saudável (1993 -1994)
Projeto executado pela REDEH, em parceria com o Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo (CECF), Secretaria Estadual do Meio Ambiente, CIM e Rede Mulher, com o objetivo de mobilizar lideranças municipais de todos os setores para as temáticas da Agenda 21 das Mulheres que acabara de ser lançada. Percorreu várias cidades do Estado de São Paulo recebendo o apoio de várias prefeituras e ampliando a rede das mulheres no campo do ecofeminismo.
Tribunal da Água
O Tribunal da Água, como parte do Congresso de Manejo Alternativo de Recursos Hídricos, que teve lugar de 25 a 30 de abril em Florianópolis, do qual a REDEH se fez presente, resultou numa série de programas radiofônicos, distribuídos às emissoras de rádio, feitos em parceria com o CEMINA.
Ecofeminismo em Movimento
Lançamento de 02 vídeos que abordam a temática mulher e meio ambiente: “Vida Qualidade Vida” e “Mão na Massa”, produzidos em parceria com CEMINA e o COMULHER. O material apresenta uma análise sobre a relação das mulheres com o meio-ambiente, mostrando que por razões culturais, as mulheres sabem que a contaminação com água, ar, terra e alimentos comprometem o futuro da vida.
Agenda 21 de Ação das Mulheres
A primeira versão foi escrita durante o Congresso Mundial Mulheres por um Planeta saudável, realizado em novembro de 1991, em Miami, EU e organizado pelo WEDO (Organização de Mulheres para o Meio Ambiente e Desenvolvimento). A publicação foi reproduzida, em português, e distribuída para organizações de mulheres e utilizada nas ações da REDEH.
Lâminas para avaliação Comunitária
Ferramenta eficaz para ajudar as mulheres na avaliação sobre o estado do meio-ambiente e outras prioridades sociais nas comunidades. O conjunto de quatro lâminas foi desenvolvido pela equipe do WEDO - Mulheres pelo Meio-Ambiente e Desenvolvimento e REDEH, como desdobramento das propostas elaboradas pelas feministas participantes da ECO92 para serem usadas nas ações locais de implementação da Agenda 21 das Mulheres.
1994
Mulher, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Encontro com ativistas latinas americanas, em Teresópolis (RJ), para planejamento de ações conjuntas no continente que pudessem ter efeitos mais eficazes nas ações do eco feminismo. Organizado pela REDEH, em parceria com o Centro de Estudos Ambientais da Argentina, teve o apoio da WEDO (organização de Mulheres para o Meio Ambiente e Desenvolvimento).
Terra Femina II
Lançamento do segundo número da publicação Terra Femina, uma publicação da REDEH, em parceira com o IDAC, durante o processo de mobilização para a Conferência de População e Desenvolvimento no Cairo. A publicação traz diversas autoras e artigos sobre as temáticas: O Fator Humano, Sobre Vida, o Amor, a Morte e Exílio.
1995
Campanha 180 Dias, 180 Maneiras
Lançada no dia 8 de março, em Copenhagen, durante a Cúpula de Desenvolvimento Social, pelo WEDO, tem o objetivo de dar visibilidade às mil e uma maneiras que as mulheres utilizaram para promover sua plataforma de ação em defesa desenvolvimento sustentável numa perspectiva feminista. No Brasil, essa atividade foi coordenada pela REDEH e o CEMINA, que concentram as informações sobre a campanha dos 180 dias.
1996
Comissão Pró Agenda 21 - Rio
Criada pelo governo municipal, com o objetivo de divulgar e contribuir para a implementação da Agenda 21 na cidade do Rio de Janeiro. REDEH integrou essa Comissão e, através da mesma, colaborou com a inclusão da perspectiva de gênero e raça através de debates e produção de materiais informativos.
Boas Práticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (96 e 97)
Realização de pesquisa nacional sobre as melhores práticas na área de preservação ambiental, cujo resultado, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, foi apresentado na reunião de avaliação de cinco anos da Rio 92, também conhecida como Rio+5.
1998
Subsídios para a Elaboração da
Agenda 21 Brasileira (1998-1999)
Processo de consulta e planejamento participativo que diagnostica e analisa a situação do país, das regiões, dos estados e municípios para, em seguida, planejar seu futuro de forma sustentável, desenvolvido pela Parceria 21: IBAM e ISER, a REDEH e apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente/IBAMA. Para a construção da Agenda 21 Brasileira adotou-se por metodologia a seleção de áreas temáticas que refletem a complexidade de nossa problemática socioambiental e desenvolvimento sustentável com justiça social. Foram abordados 06 temas centrais: Cidades Sustentáveis; Redução das Desigualdades Sociais; Ciência e Tecnologia; Agricultura Sustentável; Infraestrutura e Integração Regional e Gestão de recursos naturais.
Poder Local, eu Também Quero
(1998-1999)
Projeto realizado em cinco municípios do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de articular os diferentes setores – público, privado, coletivos, terceiro setor – para uma participação ativa das mulheres na implementação de políticas públicas relativas à Agenda 21 das Mulheres nos municípios, especialmente nas áreas de educação, geração de trabalho e renda, acesso à terra e à moradia, promoção da saúde, prevenção e combate à violência e à discriminação contra as mulheres.
Coalizão Tabaco Zero
Coordenada pela REDEH e composta por organizações da sociedade civil, associações médicas, comunidades científicas, ativistas e pessoas interessadas em coibir a expansão da epidemia tabagista. O objetivo da Coalizão Tabaco Zero foi o de consolidar uma rede que fortalecesse o papel da sociedade civil organizada na implementação da Convenção Quadro no Brasil.
1999
Capacitação de Mulheres
líderes para a Agenda 21
Ação em que a REDEH capacitou mulheres líderes em 06 municípios do estado do Rio de Janeiro em temas associados a Agenda 21 e Gênero. O objetivo foi consolidar uma metodologia pedagógica voltada para lideranças de mulheres na qual se trabalhe o fortalecimento da participação das mulheres no desenho, implementação e monitoramento das políticas públicas numa perspectiva de desenvolvimento justo e sustentável.
Pesquisa mundial sobre os avanços na participação das mulheres nos processos da Agenda 21 Local (1999-2000)
Junto a WEDO e ICLEI (International Council for Local Environmental Initiatives) a REDEH participou da elaboração dessa consulta internacional. O resultado dessa pesquisa foi publicado, em 2000, e apresentado na Conferência Internacional do ICLEI em Dessau, Alemanha.
2000
GEOCIDADES (2001 – 2002)
Projeto desenvolvido pela Parceria 21: REDEH, ISER e IBAM, e apoiado pelo PNUMA e Ministério do Meio Ambiente, com o propósito de desenvolver a metodologia GeoCidades de indicadores de monitoramento de sustentabilidade local. A metodologia foi aplicada em dois municípios, Manaus e Rio de Janeiro, gerando relatórios referenciais que se tornaram objetos de um conjunto de cursos de capacitação realizados junto aos municípios.
Curso para Líderes e Gestores na Baixada
Realizado com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, o terceiro curso do “Programa de Capacitação Intensiva para Gestores Municipais e Líderes de Organizações Sociais do Estado do Rio de Janeiro” – oferecido pelo grupo executivo da Agenda 21 do Estado – reuniu lideranças e gestores de 5 municípios da Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Japeri, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti) com equipe de educadoras/es do Consórcio Parceria 21, formado pelas Ongs ISER, IBAM e REDEH.
2001
Consulta Internacional para Avaliação
dos Avanços da Agenda 21 de Ação
das Mulheres (2001 – 2002)
Em parceria com o WEDO. Realização de cinco reuniões internacionais, com organizações voltadas para o acompanhamento da Agenda 21, que avaliaram os resultados e atualizaram suas propostas. Esses encontros resultaram na publicação de um novo plano de ação: a Agenda 21 de Ação das Mulheres 2015, que foi amplamente disseminado durante a reunião da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável - a Rio + 10, realizada em Johanesburgo, África.
2002
Agentes da Cidadania das
Águas (2001-2003)
1º período do projeto em parceria com a Secretária de Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco no contexto do programa, “Pernambuco na Luta contra a Desertificação”. A iniciativa treinou lideranças femininas comunitárias de cinco municípios do semiárido pernambucano para atuarem como agentes educadoras de ações voltadas para o enfrentamento ao processo de degradação dos solos pela seca excessiva e pela rápida perda de nutrientes, resultando na formação de uma paisagem correspondente à dos desertos.
Estratégias das Mulheres para a RIO+10
Encontro realizado no Rio de Janeiro, organizado pela REDEH, para colher subsídios para as estratégias das mulheres para a Rio+10. O Relatório “Agenda 21 de Ação das Mulheres pela Paz e por um Planeta Saudável” abordou a ação das mulheres pela paz e por um planeta saudável e levanta a questão do racismo ambiental. Foi entregue ao governo brasileiro e diferentes movimentos que na época ocupavam dessa questão.
2003
Conferência Internacional de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida (ICONS)
REDEH contribuiu para a realização e coordenação deste evento internacional, que contou com a presença de mais de 700 especialista no campo de indicadores e mensuração de riqueza, provenientes do Brasil e de outros lugares do mundo. Realizada em parceria com o Instituto Ethos e a Federação de Indústrias do Estado do Paraná, o ICONS lançou a proposta de instalação de observatórios de indicadores de desenvolvimento sustentável e qualidade de vida. Esse movimento se multiplicou por várias cidades brasileiras, tendo como base e modelo a cidade de Curitiba.
Conexão Amazônica – Construindo a Agenda 21 das Mulheres da Floresta
Celebrando o Dia da Amazônia e os 05 anos do MAMA, o evento de lançamento, da Agenda 21 das Mulheres da Floresta, no Senado Federal, realizado pelo MAMA – Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia e a REDEH, fornece subsídios específicos para a inserção da questão de gênero e a participação das mulheres nas políticas de desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Agricultura Sustentável
Realização em parceria com a AGENDHA do projeto de capacitação de mulheres para atuação nas políticas específicas de produção da pequena agricultura sustentável, em três municípios baianos: Curaçá, Paulo Afonso e Delmiro Gouveia, em Alagoas.
2004
Agentes da Cidadania das
Águas (2004-2005)
Estratégia iniciada em 2001, com o objetivo de capacitar lideranças na promoção do uso de tecnologias apropriadas com vistas ao combate à seca e a pobreza no semiárido nordestino. Neste ano o projeto foi desenvolvido em Valente (semiárido baiano) e em Traíras (Alagoas) voltado ao fortalecimento e a capacidade de mobilização dos Agentes da Cidadania das Águas, na implementação de projetos de irrigação que usem energia limpa, mais especificamente energia solar.
Uma Surpresa no Sertão – A experiência da APAEB e da COOPERE
Estudo de caso desenvolvido pela REDEH, sobre a experiência desenvolvida na região do semiárido da Bahia por duas organizações da sociedade civil: APAEB – Associação de Desenvolvimento Sustentável e solidário da Região Sisaleira e a COOPERE – Cooperativa Valentense de Crédito Rural, com o intuito de promover um padrão de desenvolvimento que respeite os imperativos ecológicos, que promova a igualdade e a justiça social e que consolide a democracia pela participação cidadã nos processos decisórios.
2005
Coalizão Sul-Sul-Norte (SSN) (2005–2008)
Ano em que a REDEH passou a integrar a Coalizão Sul-Sul-Norte (SSN), através de Thais Corral, coordenadora da REDEH, que foi selecionada como diretora de formação das ações que a SSN desenvolveu em 6 países (Brasil, África do Sul, Moçambique, Tanzânia, Indonésia e Bangladesh). O principal objetivo da coalizão sul-sul-norte foi promover mitigação e adaptação da mudança climática com enfrentamento à pobreza.
Pintadas Solar (2005 a 2008)
Ações de adaptação a mudança climática focadas na introdução de tecnologias de irrigação eficientes na região do semiárido baiano. A iniciativa recebeu vários prêmios, entre eles, o prêmio SEED 2008, e foi escolhido entre mais de 400 no mundo inteiro como “Prática com potencial de escala e significativa contribuição para o Desenvolvimento Sustentável”. O nome do projeto foi dado pela cidade onde ele iniciou, O Município de Pintadas, que fica a 250 km de Feira de Santana. A pequena cidade se tornou conhecida em todo o Brasil pelas boas práticas de gestão pública.
Seminário Nacional Energias
Renováveis e Tecnologias
adequadas ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido
Essa atividade, ocorrida em Barra de São Miguel, Alagoas, reuniu especialistas, agricultora/es e organizações com experiência em novas tecnologias, onde discutirem saídas para aliviar as consequências da mudança climática e enfrentamento à pobreza, através de da agricultura integrada onde os principais componentes sejam a economia, meio ambiente e desenvolvimento comunitário.
2008
Águas de Santo Antônio
Ação que envolve o bairro de Santo Antônio, pertencente ao 4º. Distrito do Município de Caxias. Teve como objetivo conscientizar os jovens do bairro sobre a importância de cuidar dos recursos hídricos dessa região, uma das remanescentes da Mata Atlântica e rica em água. A iniciativa contou com apoio da organização Empower e produziu um vídeo, no canal YouTube: Águas de Santo Antônio.
2009
Adapta Sertão – (2009 a 2018)
Continuação do Projeto Pintadas, desenvolvido na região de Pintadas – semiárido baiano. As atividades realizadas na região são articuladas através do cooperativismo, visando permitir que famílias agricultoras possam produzir seus alimentos durante os diferentes períodos de seca, contribuir para o acesso de créditos, processamento adequado dos produtos e comercialização através de cooperativas. O projeto vem se consolidando como tecnologia social, promovendo o uso eficiente dos recursos hídricos locais para uma agricultura de pequena escala e sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental, tendo em vista a mudança climática e suas consequências. Adapta Sertão tornou-se uma coalizão de organizações, e incluiu 4 municípios que adotaram o modelo, Pintadas, Quixabeira, Baixa Grande e Brumado, todos na Bahia. E englobou escolas e organizações não governamentais das regiões.
2010
Academia de Mulheres
Evento organizado pela Huairou Commission e Groots International e Redeh, no Rio de Janeiro, com o objetivo de reunir diversos movimentos para definir coletivamente, enquanto organizações brasileiras, os temas e as atividades que deverão constar da proposta para as campanhas de Terra e Moradia e Governança a serem implementadas no Brasil.
A Conferência das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas
Conhecida como a Cimeira de Cancun, organizada pelas Nações Unidas, realizou-se entre 29 de novembro e 10 de dezembro de 2010, em Cancun, México. Redeh participou ativamente do processo desta conferência, através das ações desenvolvidas na região do semiárido baiano.
2012
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20
Vinte anos depois da histórica Conferência do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, tivemos a oportunidade de, em nome da AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras, de participar da conferência oficial por constituir uma oportunidade para desenhar uma saída duradoura para a crise internacional, levando em conta a complexidade de seus aspectos econômicos, sociais e ambientais.
Cúpula dos Povos – Território
Global das Mulheres
As organizações integrantes do projeto “Mais Direito e mais Poder para as Mulheres Brasileiras – FIG/ONU Mulheres”: Cfemea, Coletivo Feminista Leila Diniz, Cunhã, Geledés, Instituto Patricia Galvão, Redeh e SOS Corpo, decidiram apoiar e investir na formação e mobilização das mulheres rumo a Cúpula dos Povos, na Rio + 20. A mobilização nacional foi construída em parceria da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), com a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e no plano internacional com a AFM – Articulación Feminista Marcosul. No plano local contamos com o apoio do Instituto Equit, Redeh, Grupo Criola e da AMB Rio. Nossa participação na Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, contra a mercantilização da vida, em defesa dos bens comuns, que aconteceu entre os dias 15 a 23 de junho de 2012, em paralelo a Conferencia Oficial da ONU – Rio+20, foi a expressão de um processo, fruto de acúmulos históricos das lutas territoriais locais, regionais e globais. Integramos o Comitê Facilitador da Sociedade Civil na organização da Cúpula dos Povos e, juntas, construímos o Território Global das Mulheres (com o apoio de mais 31 redes nacionais e internacionais), a Casa Feminista, o programa diário de rádio Planeta Lilás, além de várias intervenções públicas, como a Passeata Unificada das Mulheres.
2013
Sinal das Crianças: Sincronicidade, Inovação e Alegria
O projeto contribuiu para viabilizar o processo de modificação comportamental e de valores humanos, em relação a como tratamos a natureza e aos seres humanos, desenvolvendo nas crianças uma cultura de amor, cuidado e respeito pela diversidade natural, cultural e humana, através de ações de educação socioambiental. As atividades aconteceram no Centro de Educação Ambiental Sinal do Vale com a participação de 300 crianças e jovens do bairro de em Santo Antônio da Serra, 4° distrito de Duque de Caxias/RJ.
Adapta Mata Atlântica
Iniciativa de engajamento de atores para a definição de planos territoriais que proporcionem maior resiliência socioambiental aos agros ecossistemas da Mata Atlântica, considerando os efeitos das mudanças climáticas. O projeto proporcionou coalizões de lideranças e geração de conhecimento coletivo sobre o manejo sustentável dos recursos naturais e seu caráter de serviço ambiental de forma que possa ser incorporado às práticas rurais. O AMA – Petrópolis foi elaborado para desenvolver um plano piloto de adaptação às mudanças climáticas de acordo com as questões de maior relevância local.
2014
Expansão do Adapta Sertão
Implantação do SIM/SUASA com o objetivo de regulamentar e fiscalizar a produção, comercialização e transporte dos produtos de origem animal, derivados da agricultura familiar, entre os 14 municípios do Território da Bacia do Jacuípe, e os que estão em processo de incorporação, Capim Grosso e Serrolândia. Apresentação das vantagens na efetivação do selo, como diminuição da burocracia para a comercialização e para a implantação de pequenas indústrias rurais, através da melhoria da qualidade sanitária. A proposta gerou um impacto positivo na economia dos municípios através da comercialização intermunicipal e territorial, além do aumento na arrecadação de tributos na venda dos produtos, e ampliação nas rendas das famílias.
Agenda de ação das Mulheres pela
Paz e por um planeta Saudável
Uma década de atuação em prol do Desenvolvimento Sustentável. O Processo de consulta da Agenda de Ação das Mulheres pela Paz e por um Planeta Saudável 2015, foi facilitado pela Organização de Mulheres e Meio Ambiente (WEDO) e pela Redeh, em colaboração com mulheres de todo o mundo durante a preparação da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
2015
Comissão Pró Agenda 21 - Rio
Curso de formação e reflexão sobre gênero e meio ambiente, desenvolvido em parceria entre a Redeh e o Comitê de Gênero do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Composto por seis encontros semanais, realizados com funcionárias e colaboradoras do JBRJ, o curso abordou em cada evento diversos temas sobre gênero e cidadania, como a desigualdade em contextos econômicos e no universo do trabalho, as diferentes formas de violência contra a mulher, ecofeminismo, sexismo e situações de preconceito étnico-racial.
2016
Pra lá e Pra cá
Iniciativa que levou à Conferência Mundial da ONU Habitat, em 2016, uma contribuição sistematizada dos avanços teóricos e práticos, de programas e projetos, governamentais e intersetoriais, já realizados ou em curso na América Latina, bem como as vozes das mulheres sobre as demandas relativas a seus direitos de cidadãs, que permitam o avanço, com desenvolvimento justo, sustentável e seguro, rumo à cidades mais equitativas para as mulheres. Com o intuito de influir para a inclusão da questão de gênero na pauta da ONU Habitat, para os próximos 20 anos, por se tratar de tema sensível e de grande interesse para a agenda das mulheres, bem como para a da sociedade como um todo. O projeto gerou a Publicação Pra lá e Pra cá – El Derecho delas Mujeres e las Ciudades, em parceria com a CISCA/Argentina.
2019
Reflorestamento na Região
de Petrópolis (2019 e 2020)
Projeto com o objetivo de restaurar 30 hectares de áreas degradadas na região de Petrópolis e 30 hectares de áreas a serem conservadas, perfazendo um total de 60 hectares. O projeto foi desenvolvido em sistema de pagamento por serviços ambientais e executado em três fases sendo que a última fase se encerrou em fevereiro de 2020 com êxito.
2021
Florestas do Amanhã (2021 a 2025)
REDEH participou do edital de um dos maiores projetos de restauração florestal do Estado do Rio de Janeiro. Serão reflorestados na região de Duque de Caxias no Centro de Regeneração de Pessoas, Comunidades e Ecossistemas Sinal do Vale, 30 hectares de áreas de proteção permanente.
POR UMA EDUCAÇÃO NÃO DISCRIMINATÓRIA
Visando estabelecer uma ponte entre as recomendações firmadas nas Conferências da ONU – em especial a Conferência Mundial da Mulher (Beijing, 1995) e a Conferência Mundial de Educação de Adultos (Hamburgo, 1997) – e as políticas nacionais de educação, a REDEH vem contribuindo para a reflexão e inclusão de novos temas no cotidiano escolar e na vida pública, através do programa Por uma Educação Não Discriminatória.
Esta iniciativa tem por objetivo internalizar no dia-a-dia das salas de aula os conceitos, então inovadores, dos chamados temas transversais, conforme os objetivos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), nos pressupostos definidos pela Lei 10639/03 e no Parecer CNE/CP 003/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Através do Programa de Formação Continuada de Professores, a REDEH proporciona na prática a revisão de conhecimentos, valorizando e motivando o exercício de uma educação não-discriminatória. Gênero, raça, etnia, saúde e meio ambiente, direitos humanos, orientação sexual, violência contra as mulheres e gravidez na adolescência são os temas que temos trabalhado com docentes da rede de ensino da educação fundamental. Busca ainda, refletir com os/as educadores/as, a superação dos preconceitos sociais, presentes no cotidiano da instituição escolar, através da produção de material de suporte didático e do processo de capacitação.
A formação de professores(as) consiste na elaboração de um kit de material de apoio específico ao tema em questão. Com excelente tratamento visual, programas de rádio e vídeo, em linguagem de fácil compreensão, o material didático/pedagógico é um ótimo instrumento para o trabalho nas escolas, assim como para debates e reflexões em diferentes grupos sociais. Nos seminários de formação – em geral de 120 horas cada -, as temáticas e a utilização do material são apresentadas e vivenciadas com os professores e ou educadoras/es sociais.
Desde sua implantação, em 1996 até 2004, cerca de 4.500 educadores/as, em 36 municípios do Estado do Rio de Janeiro, participaram de processo de cursos na área de Gênero, Raça e Etnia, Meio Ambiente e Orientação Sexual. Este programa tem sido desenvolvido em parceria com a Secretaria de Ensino Fundamental do MEC, Secretaria Estadual e Secretarias Municipais do Rio de Janeiro.
A longa experiência da REDEH na área de material didático pedagógico para educadores(as) e alunos(as) nos levou a realizar um trabalho conjunto com o MEC/SECAD voltado para as Escolas Quilombolas, sempre em articulação com instituições e lideranças locais das comunidades remanescentes de quilombos. A parceria deu origem a pesquisa realizada nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia e a formação e distribuição do material produzido especialmente para cada realidade envolvida no projeto.
Com o objetivo de contribuir para construção de uma sociedade mais justa, igual e democrática extrapolamos os muros da escola e uma série de práticas educativas foram realizadas pela REDEH com diferentes seguimentos sociais, acreditando que a integração da perspectiva de gênero e raça é decisiva, pois as desigualdades, discriminações e violências presentes em nossa sociedade são refletidas e sentidas, mais especificamente pela população negra e indígena.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA TODAS, TODOS E TODES
Em pleno século XXI, com todas as inovações tecnológicas existentes, é possível imaginar que uma parcela significativa da população mundial não tenha acesso à Internet e está excluída do mundo digital? Foi pensando nesse e outros questionamentos que a REDEH começou a atuar também na área da inclusão digital. O desafio foi criar oportunidades de avanço tecnológico para gerar mais e melhores alternativas de trabalho e cidadania, contribuindo para a profissionalização e maiores qualificações no país. A parceria com a organização CEMINA – Comunicação, Educação e Informação em Gênero, uma organização que promoveu vários projetos de inclusão e educação digital para as mulheres, sobretudo na década de 1990 e início dos anos 2000, rendeu bons frutos.
A REDEH, inspirada nessa experiência anterior, buscou outras iniciativas que promovessem a inclusão digital das mulheres e de todos/es na sociedade. Ao abraçar o Projeto Casa Rio Digital e Naves do Conhecimento, em parceria com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro, a partir de 2012, teve como objetivo de contribuir para a inclusão social de todas as pessoas, independente de sexo, raça e geração, através de cursos tecnológicos e atividades culturais, contribuindo com a formação cognitiva e cidadã da população de baixo poder aquisitivo, cujo acesso às novas ferramentas tecnológicas é mais restrito.
INICIATIVAS REALIZADAS DENTRO DESSA ÁREA DE ATUAÇÃO, INDICADAS CRONOLOGICAMENTE:
1994
Centro de Documentação Pagu
Espaço mantido pela REDEH e aberto ao público, teve como objetivo catalogar as peças de informações produzidas pelo movimento de mulheres ou conteúdos relativos a questões de gênero, raça e meio ambiente, atender as demandas e disponibilizar o material junto às universidades, escolas do ensino fundamental, instituições governamentais, grande mídia e organizações feministas.
1997
Alfabetização, Cidadania e Gênero
Lançamento do Programa Por Uma Educação Não Discriminatória no planejamento da REDEH, visando estabelecer uma ponte entre as recomendações firmadas nas Conferências da ONU – em especial a Conferência Mundial da Mulher (Beijing, 1995) e a Conferência Mundial de Educação de Adultos (Hamburgo, 1997) – e as políticas nacionais de educação. Nesse sentido, desenvolvemos, em parceria com o MEC e Universidade Popular da Baixada uma ação socioeducativa para alfabetização de jovens e adultos numa perspectiva não discriminatória e antirracista. Foram elaborados materiais didáticos livres de estereótipos, sendo o primeiro passo para o reconhecimento da cidadania feminina e a inclusão de novos temas no cotidiano escolar, através da formação de professores(as) e elaboração de um kit de material de apoio específico ao tema.
Presente do Futuro
Realização de um levantamento dos projetos referenciais com mulheres jovens no país que escolheu, através de concurso, quinze lideranças para participarem no I Curso de Capacitação em Gênero, Mobilização Social e Rádio, ocorrido no Rio de Janeiro, em parceria com o CEMINA.
1998
Cidadania, Raça e Etnia
Manual elaborado pela REDEH para o Programa “Por uma Educação não Discriminatória”, desenvolvido em parceria com o MEC e utilizado nos cursos de formação de educadores/as. O Brasil tem hoje, diante de si, todos os desafios e problemáticas trazidas pelos processos de colonização que, excludentes, causam até hoje reflexos da desigualdade na sociedade brasileira, especialmente a população negra e indígenas, marginalizados em grande parte dos avanços e conquistas sociais, políticas e econômicas de país. E, dentre estes grupos, os contingentes de mulheres são ainda mais vulneráveis.
1999
Educação para um Planeta Saudável
Nova edição do Programa “Por uma Educação não Discriminatória”, trata de saúde e meio ambiente como tema integrador da questão de gênero, de raça e etnia e de direitos humanos através da capacitação de professoras/es e produção do Kit contendo materiais didáticos pedagógicos, como manual, fitas cassetes, vídeos, que agregam propostas, pistas, dicas, reflexões. É fundamentado na crença de que nossa saúde depende não somente da saúde do planeta como também da nossa capacidade de estabelecer relações saudáveis no cotidiano.
2000
Nunca é tarde, Nunca é demais – Orientação Sexual na Educação
Nova edição do projeto Por uma Educação não Discriminatória, com o objetivo de contribuir para a inclusão de temas transversais – raça, etnia, orientação sexual, gênero, direitos humanos, meio ambiente, no sistema de ensino do estado do Rio de Janeiro, através da capacitação de professoras/es. Foi produzido o Kit “Nunca é tarde, Nunca é demais”, contendo materiais didáticos pedagógicos, como manual, fitas cassetes, vídeos, além de propostas, pistas, dicas, reflexões, sugestões de atividades e metodologias para trabalhar a questão da orientação sexual.
2001
Diálogos contra o Racismo (2001 a 2004)
Iniciativa da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Observatório da Cidadania e entidades do campo dos direitos humanos, que aceitaram o desafio de iniciar um diálogo com organizações do movimento negro, a fim de se apropriarem da temática e se engajarem à luta, durante o processo preparatório da III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em Durban, na África. O propósito era romper com a ideia de que o racismo é problema exclusivo do movimento negro. A campanha “Onde você guarda teu racismo?”, lançada em 2003, contou com a parceria de: Ibase, Observatório da Cidadania, Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Cfemea, Comunidade Bahai, Instituto Patricia Galvão, Articulação Nacional de ONGs de Mulheres Negras, Criola, Geledés, Action Aid, REDEH, Cesec/Ucam, Rede Dawn e Abong.
2002
Um Rio de Mulheres Deságua na Escola
Realização do Seminário de formação Um Rio de Mulheres Deságua na Escola para 300 professores da rede pública estadual do Rio de Janeiro. Este seminário é parte do Projeto Nacional Brasil de Ponta a Ponta, inicialmente apoiado pela Fundação Avina e O Boticário, com o objetivo de identificar a atuação feminina em cada Estado brasileiro, em geral omitida pela história oficial. A pesquisa realizada em 03 estados brasileiros (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia), resultou na produção de material didático pedagógico sobre a participação das mulheres na história, para dentro da sala de aula.
2004
Gogó de Emas – a participação das mulheres na história de Alagoas
A publicação, fruto de uma profunda pesquisa, traz à tona a valorosa e decisiva participação das alagoanas na construção do Estado. É parte de um projeto que a REDEH desenvolveu com o propósito de contribuir para quebrar os silêncios seculares que mantiveram as mulheres esquecidas pela história oficial, o que se reflete na literatura escolar.
2005
Não à Violência Contra a Mulher
Fazendo Escola I (2005 – 2006)
Projeto realizado em 12 municípios do estado do Rio de Janeiro, fruto de parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres(SPM) e Secretaria de Ensino Fundamental/MEC envolvendo um universo de 700 educadoras e estudantes do Curso de Formação de Professores e de Pedagogia de diferentes instituições públicas e privadas, que tem como objetivo estimular a reflexão, os debates na escola, entre alunos (as), educadores (as), e sociedade quanto às diferentes formas como a violência contra a mulher – explícita ou simbólica- está confortavelmente instalada e presente na sociedade e na vida escolar. Além da inclusão de temas do cotidiano no currículo funcional do ensino regular.
Quilombos - espaço de resistência
de mulheres e homens negros
Pesquisa participativa e produção de material didático pedagógico, que envolveu os quilombos do Campinho da Independência, Bracuí, Botafogo, Caveiras, Fazenda Machadinha, Santana e Rasa, no estado do Rio de Janeiro. Esta publicação traz uma parte da história dos remanescentes de quilombos no Estado. Voltado para educadores/as de comunidades quilombolas e adjacências seu objetivo é contribuir para a implementação da Lei 10.639/03 que institui a obrigatoriedade do ensino de História da África e Cultura Afro Brasileira. Ao todo foram impressos dez mil exemplares para educadores e quinze mil exemplares do gibi para alunas. Parceria MEC/SECAD.
2006
A educadora Nísia Floresta na Roda
Encontros de reflexão com professores (as) e educadores (as) em 05 estados brasileiros, para discutir a luta pela educação feminina no país assim como a construção da cidadania das mulheres, à luz do pensamento da vanguardista de Nísia, que defendia a educação de qualidade para as meninas, conforme o “Guia do Professor/as”, promovido pela Redeh em parceria com a Fundação Banco do Brasil.
2007
Minas de Quilombos
Texto para reflexão com o/a professor/a, em especial atenção à educação das relações étnico-raciais, conforme prevê a Lei 10.639/03, instituindo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira. Esse foi o segundo trabalho voltado para a promoção da educação quilombola, em conjunto REDEH/MEC/SECAD, que abrangeu os quilombos do Açude, Espinho, Mato do Tição, Mangueiras, Quartel do Indaiá, Ausente de Cima, Ausente de Baixo, Baú, Pinhões e Sapé, no Estado de Minas Gerais, dando origem ao livro do/a Professor/a e Gibi para alunos/a e distribuídos nas escolas públicas.
2008
Gravidez na Adolescência e
Sexualidade – Uma conversa franca
com educadores e educadoras
Em parceria com Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/UERJ), com base na pesquisa realizada pelo CLAM, produzimos um Manual voltado para educadoras/es e realizamos encontros de formação de educadores (as) nas escolas públicas do município do Rio de Janeiro.
2011
Quem Ama Abraça
Campanha pelo fim da violência contra as mulheres, lançada nacionalmente, marca os 30 anos do dia 25 de novembro – Dia Internacional de Combate à violência contra as Mulheres. A violência doméstica, fruto de uma cultura machista e sexista, é uma questão social a ser superada através de políticas sociais e, também, educativas. A Campanha tem como objetivo intervir para mudar o curso de uma história que se repete ao longo dos tempos, transformando conceitos e paradigmas e derrotando preconceitos que, em pleno século XXI, tantas tragédias têm provocado. A principal iniciativa da campanha é a produção e gravação de um vídeo clipe, dirigido por Denise Sarraceni, com conteúdo alusivo à promoção de uma cultura de paz e pelo enfrentamento à violência contra as mulheres envolve grandes nomes da música brasileira – do samba ao rap – cantando uma música especialmente composta por Gabriel Moura e Rogê, com arranjo e direção musical de Guto Graça Melo. O vídeo clipe foi veiculado nacionalmente na Rede Globo de TV e outras televisões abertas e fechadas, bem como através da internet.
2012
Bahia de Todos os
Santos (as)e Quilombos
Destinado aos educadores (as) e alunos/as do ensino fundamental. Resultado de pesquisa participativa “in loco”, em diferentes quilombos do estado baiano, produziu material didático voltado tanto para os/as educadoras/es, assim como o Gibi Almanaque voltado para os estudantes, com o objetivo de contribuir para a compreensão de que a sociedade é formada por pessoas pertencentes a grupos étnico-raciais distintos, com culturas e histórias próprias, igualmente valiosas e que, em conjunto construíram o Brasil.
Casa Rio Digital
Com o objetivo voltado para o desenvolvimento da sociedade da informação, o projeto em parceria com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro, buscou integrar, coordenar e fomentar ações para a utilização de tecnologias de informação e comunicação, de forma a contribuir para a inclusão social de todas as pessoas, independente de sexo, raça e geração e, ao mesmo tempo, contribuir para que as pessoas estivesse em melhores condições de competir no mercado global. As Casas Rio Digital transformaram-se em espaços públicos com as portas abertas para as comunidades, que utilizavam o espaço para acessar à internet, participar dos cursos, das oficinas gratuitas e, também, para o exercício da cidadania. Ao longo de todos os anos do projeto, cerca de 33 (trinta e três) Casas Rio Digitais funcionaram em distintos bairros, regiões administrativas e comunidades populares.
2013
Quem Ama Abraça Fazendo
Escola ( 2013 a 2018)
A primeira etapa dessa Campanha, lançada em 2011, com apoio das mídias e organizações feministas, provocou uma grande acolhida nos meios socias. A partir da percepção e necessidade de dialogar com outras áreas do conhecimento para criar redes de apoio contra à violência de gênero, ampliamos o projeto para as escolas da educação básica, com produção e distribuição de material paradidático, realização de oficinas e capacitações gratuitas para profissionais de diversas áreas. Nosso trabalho é orientar às mulheres a pensarem e a refletirem sobre seu papel na sociedade e sobre seus direitos, assegurando sua dignidade e criando estratégias de enfrentamento à violência de gênero. As ações do projeto atingiram 518.331 pessoas. Parceria Redeh, IMM e apoio do Instituo Avon e Secretaria de Política para as Mulheres (SPM).
2014
Naves do Conhecimento
Em parceria com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro, o projeto NAVES, busca também promover a inclusão digital através de cursos tecnológicos e atividades culturais, contribuindo com a formação cognitiva e cidadã da população de baixo poder aquisitivo, cujo acesso às novas ferramentas tecnológicas é mais restrito. Para transformar a realidade de exclusão digital, o projeto Naves do Conhecimento foi implementado nos bairros de Triagem, a partir de dezembro de 2013, e Irajá, Penha, Madureira, Vila Aliança, Santa Cruz e Padre Miguel, em dezembro de 2014.
FORSOFT Rio
Ação social fruto da parceria entre a ASSESPRO-RJ, a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia e as Empresas, que visa o aumento da empregabilidade por meio da capacitação em áreas relacionadas à Tecnologia da Informação. O diferencial é a participação das Empresas-Madrinhas que, além de contribuírem durante o curso com auxílio transporte para os jovens participantes, se comprometem a contratar no mínimo 30% dos seus afilhados ao término da capacitação. A REDEH atuou como Madrinha do projeto desde então, ajudando a formar novos Desenvolvedores de Software e Profissionais em Infraestrutura de Redes com certificações oficiais gratuitas oferecidas em parceria com a ORACLE, a Microsoft e a CISCO, e a inserir estes jovens no mercado de TI. O FORSOFT Rio, atendeu jovens entre 18 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade social, e ter concluído ou estar no último ano do Ensino Médio.
2016
Casa Futuro Agora
Fruto da parceria entre a REDEH, Rio Solidário, CEDAE e o Ministério Público do Trabalho, as unidades do projeto são espaços de conhecimentos e preparação de jovens, entre 12 e 17 anos, para o mundo do trabalho. Com aulas dinâmicas e conteúdos modernos, são oferecidos cursos gratuitos de informática, inglês, poesia e audiovisual, nas 12 unidades do projeto Casa Rio: Campinho, Cordovil, Nova Degase Ilha, Nova Degase Penha, Nova Degase Bangu, Gardênia Azul, Manguariba, Prazeres, São Carlos São João, Sepetiba e Urucânia, locais que também contam com acesso gratuito à internet.
Mulheres na Rede (2016/2017)
Projeto para promover a inserção de mulheres no mercado de trabalho de TI, parceria da REDEH e Criança Esperança. Com realização de cursos de capacitação tecnológica, como modelagem em 3D e manutenção de computadores e redes, alinhados a conteúdos de cidadania, para resolver as questões sociais de violência, dependência econômica e social, vulnerabilidade e risco social, analfabetismo e abismo digital de jovens mulheres moradoras de 05 comunidades carentes do município do Rio de Janeiro. Os cursos e capacitações acontecem em 05 unidades do Projeto Casas Futuro Agora, projeto administrado pela REDEH em parceria com a ONG Rio Solidário. O projeto foi desenvolvido em 12 meses, e capacitou 650 jovens mulheres nos cursos propostos.
2018
Ponto com Nós – Alinhavando Vivências
Uma proposta transformadora através dos encontros de reflexões, fortalecimento, afetos e valorização das mulheres. Essa publicação faz parte do Projeto Alinhavando Vivências, coordenado pela Redeh, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores na indústria do vestuário de NF e o Tecle Mulher, apoiado pelo Instituto C&A, ocorrido na cidade de Nova Friburgo (RJ) em 2018/2019.
2021
Promotoras de Cidadania
Curso virtual, com 07 módulos, voltado para as integrantes da Rede de Mulheres de Nova Friburgo, com o objetivo de refletir coletivamente sobre os processos culturais e sociais que levam a dominação de um gênero sobre outro, de uma raça sobre a outra, provocando violências contra as mulheres, conhecer os mecanismos e a legislação de proteção e acolhimento às vítimas e dúvidas sobre o “como agir” diante das situações apresentadas. Realizado em parceria com o Tecle Mulher, de Friburgo (RJ), grupo especializado no atendimento às mulheres em situação de violência.
2022
Ultrapassando os muros das
fábricas pelo Fim da Violência
contra Mulheres e Meninas
Oficinas de formação, comunicação e conscientização interna sobre o enfrentamento ao assédio no mundo do trabalho, assim como à violência contra mulheres e meninas, para que funcionários/as das empresas têxteis e demais colaboradores tenham conhecimento e informações para reconhecer e saber o que fazer diante das ocorrências.
PESQUISA E MEMÓRIA
Tem como objetivo pesquisar, catalogar e disseminar material teórico sobre gênero, raça e etnia, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e participação das mulheres na história do Brasil. Desde a sua concepção, esse programa tem sido desenvolvido através de pesquisas, publicações e divulgação em diferentes meios de comunicação. Através do Projeto Mulher 500 anos atrás dos Panos que nasceu com o objetivo é resgatar e divulgar a história das mulheres brasileiras a partir da chegada dos portugueses no Brasil em 1500, demos visibilidade à atuação, ao saber, à fala e ao olhar feminino na história do país, através da realização de vários desdobramentos nas áreas de eventos, audiovisual e editorial. É uma iniciativa que, desde 1997, celebra a parceria da REDEH com a Fundação Ford, FINEP, Banco do Brasil, Petrobrás e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Atualmente a REDEH abriga um grande acervo sobre a participação das mulheres na história.
INICIATIVAS REALIZADAS DENTRO DESSA ÁREA DE ATUAÇÃO, INDICADAS CRONOLOGICAMENTE:
1997
Mulher 500 Anos Atrás dos Panos
Lançamento público do Projeto, no antigo prédio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, com um seminário e uma exposição. A proposta teve como objetivo pesquisar, catalogar e disseminar material teórico sobre gênero, raça e etnia, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e, sobretudo, sobre a participação das mulheres na história do Brasil. Desde a sua concepção, esse programa tem devolvido à população, através de publicações e divulgação em diferentes meios de comunicação, informações sobre a participação das mulheres na construção do Brasil. (98)
Vídeo Mulher 500 anos atrás dos Panos
Através de material de arquivo e entrevistas com pessoas comuns e algumas pioneiras na história do Brasil produzimos, em parceria com a TVE/Rede Brasil e Fundação Ford, um vídeo apresentando a importância do projeto Mulher 500 anos atrás dos Panos que trará as mulheres para o palco da história. (98)
2000
Abrealas (Livro)
Pesquisa, roteiro, produção e lançamento do livro Abrealas, durante o XIII Encontro Nacional Feminista, em João Pessoa/PB. A publicação, fruto do projeto Mulher 500 anos atrás dos panos, resgata a primeira onda feminista e a luta das mulheres pelo acesso à educação e pelo direito ao voto feminino. Produzida com o apoio da UNIFEM e da Prefeitura de Natal.
Dicionário Mulheres do Brasil –
de 1500 até a atualidade
Biográfico e ilustrado, com cerca de 900 verbetes, 270 ilustrações e índice cronológico, este Dicionário torna-se referência obrigatória para o estudo da participação das mulheres na história brasileira. Trata-se de uma obra coletiva organizado por Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil e publicada pela Jorge Zahar Editor em parceria com a REDEH. Conta a trajetória das índias, brancas e negras, dos vários períodos, que viveram nas diferentes condições sociais e que por diversas maneiras contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento e formação do país.
2003
Um Rio de Mulheres –
A participação das fluminenses na
história do estado do Rio de Janeiro
Pesquisa e produção da publicação que traça um panorâmico histórico do Estado do Rio de Janeiro enfocando a participação das mulheres fluminenses desde os primórdios da colonização até o final do século XX. A publicação está dividida em três grandes capítulos: Período Colonial, Período Regencial e Século XX e contou com o apoio da Fundação Avina e Boticário.
2004
Gogó de Emas – a participação das mulheres na história de Alagoas
A publicação, fruto de uma profunda pesquisa, traz à tona a valorosa e decisiva participação das alagoanas na construção do Estado. É parte de um projeto que a REDEH desenvolveu com o propósito de contribuir para quebrar os silêncios seculares que mantiveram as mulheres esquecidas pela História oficial, o que se reflete na literatura escolar. Parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Secretaria da Mulher do Estado de Alagoas, Avina e Boticário.
2006
Projeto Memória – Nísia Floresta - uma mulher à frente do seu tempo
A REDEH foi selecionada pela Fundação Banco do Brasil para realização do Projeto Memória 2006, com o objetivo em resgatar, difundir e preservar a memória de personalidades ou fatos históricos que ajudaram na formação da identidade cultural do Brasil, ou que tiveram significativa contribuição para o desenvolvimento do país, do ponto de vista histórico, artístico, científico, tecnológico ou político. A cada ano, com base em rigorosa pesquisa efetuada nos mais diversos acervos dentro e fora do país, são produzidos bens culturais que compõem um farto painel da história brasileira tendo como público destinatário professores e estudantes da rede pública, através das escolas e bibliotecas públicas do país. Na décima edição, em 2006, o Projeto Memória escolheu homenagear pela primeira vez uma mulher: a escritora, educadora e feminista Nísia Floresta. Produzimos um livro biográfico, almanaque para o professor, exposição itinerante, vídeos, rodas de conversas e site (www.fbb.org.br). Parcerias: REDEH, Fundação Banco do Brasil, Mercado Cultural.
2007
Nísia Floresta no Palco
Teatralização sobre a vida e obra de Nísia, desenvolvido com alunas das escolas públicas de Brasília e apresentada em vários espaços públicos da cidade. Parcerias: REDEH, Ministério da Cultura, Petrobras, Caminho do Meio, Fundação Banco do Brasil.
2008
Mulheres Negras do Brasil
O livro resgata a trajetória de mulheres negras, fundamentais para a construção da identidade do país. Discriminadas por serem mulheres, negras e pobres, tiveram cada conquista acompanhada de muita luta e persistência. Conhecer a sua história é entender a própria evolução social do Brasil. A auditoria é de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil e a obra foi ganhadora de vários prêmios no Brasil, com destaque para o Prêmio Jabuti, na área de Ciências Humanas, além de muito outros. Parceria com a Petrobras, Ministério da Cultura, Banco do Brasil e Secretaria de Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR.
Projeto Memória - João Cândido –
A luta pelos Direitos Humanos
Projeto de autoria da Fundação Banco do Brasil que neste ano abordou a vida de João Cândido. A Redeh foi responsável pela produção do material pedagógico voltado para educadoras/es e enviados para cerca de 18 mil escolas públicas de todo o Brasil, com o objetivo de estimular a reflexão dos/as alunos/as sobre a Revolta da Chibata e a liderança de João Cândido nesse episódio, importante para à compreensão de fatos históricos do nosso país.
2011
Mulheres Negras do Brasil –
edição condensada
A edição condensada do livro Mulheres Negras do Brasil foi feita em parceria com o SENAC e cumpre com a lei 10639/2003, que tornou obrigatório no currículo das redes de ensino no país, o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Numa linguagem agradável e concisa, os/as autores/as Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil evidenciam a contribuição das mulheres negras na formação da identidade nacional.
Projeto Memória Lélia Gonzalez –
O Feminismo Negro no Palco da História
O projeto memória Lélia Gonzalez é de autoria da Fundação Banco do Brasil e, no ano de 2011/2015, contou com a parceria da Rede de Desenvolvimento Humano, para realização da pesquisa, elaboração do material paradidático e promoção de eventos, oficinas e capacitações sobre a vida e a obra de Lélia Gonzalez, uma acadêmica e militante negra da década de 1980. Trata-se de um Projeto socioeducativo que consiste na criação e produção peças educacionais e culturais, com o objetivo de mobilizar, articular e gerir ações de transformação social empreendidas por cidadãos, organizações privadas, públicas e do terceiro setor, com a finalidade de inclusão social e promoção da cidadania, especialmente das mulheres negras, quilombolas, estudantes, comunidades locais, liderança comunitárias e movimentos populares.
2013
Acervo Negras Memórias e das Urnas
Surgiu da necessidade de digitalizar e estruturar parte do material de Acervo Centro de Memória Mulheres do Brasil da Redeh, onde estão contidos todo o material de pesquisa referente a “Mulheres Negras do Brasil”, “Mulher 500 Anos Atrás dos Panos”, “Herdeiras das Sufragistas” e “Projeto Memória Lélia Gonzalez”, incluindo a disponibilização das informações no portal: www.mulher500.org.br. Realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil.
Futebol para a Igualdade
Teve como objetivo propiciar aos visitantes uma experiência única de vivenciar o esporte. A história do futebol feminino no Brasil foi contada sob a perspectiva das mulheres, na exposição multimídia “Mulheres em Campo Driblando Preconceitos”, que procurou visibilizar a luta e conquistas de inúmeras jogadoras que, desde o início do século XX até hoje, buscam construir e fortalecer a modalidade no país onde o futebol é um símbolo da identidade nacional Jovens e crianças também puderam aprender um novo jeito de jogar futebol, em grupos mistos e sem árbitro, em três mini-quadras montadas no jardim do museu por meio da metodologia do Futebol3, na chamada praça “Futebol para um Mundo Melhor”. A praça também foi destinada a trazer histórias de projetos sociais que utilizam o futebol como ferramenta para transformação. Além disso, diferentes eventos, debates, oficinas e exibições de filmes foram realizados no espaço como os Bate-Bolas (Rodas de conversas), sobre temas como "O Futebol Feminino que queremos para o Brasil", “Legado Social da Copa do Mundo” e “Driblando Preconceitos, com percursoras do futebol feminino”, entre outros. Organizado em parceria com a ONG streetfootballworld, o Espaço Futebol para a Igualdade teve como madrinha a brasileira Marta, a maior jogadora de futebol de todos os tempos, escolhida cinco vezes consecutivas como a melhor do mundo. Mostrar que o futebol é um esporte capaz de transformar vidas e ajudar no desenvolvimento da sociedade foi a principal missão do Espaço Futebol para a Igualdade. Financiado pela Caixa Econômica Federal, com o apoio da Fundação Ford, que ocorreu entre os dias 04 de junho a 20 de julho de 2014, período que antecedeu a Copa do Mundo no Brasil e contou com mais de 50 mil visitantes.
2015
Mulheres no Poder
Lançamento do livro “Mulheres no Poder: Trajetórias na Política a partir da luta das sufragistas do Brasil” de autoria de Schuma Schumaher e Antônia Ceva é o resultado de uma pesquisa sobre a participação das mulheres no âmbito da política. As autoras resgatam a luta das sufragistas, no século XIX, pela conquista do voto, acompanhando este percurso até as eleições de 2010. Houve a impressão de 3.000 livros com o título “Mulheres no Poder, distribuídos gratuitamente às organizações de mulheres, núcleos de pesquisa, bibliotecas públicas. O primeiro lançamento foi no Rio de Janeiro e, depois em mais 12 capitais brasileiras.
2017
Prefeitas do Brasil - 90 anos de Liderança Feminina na Gestão Municipal Brasileira
Realização de pesquisa nacional, qualitativa e analítica, referente ao contexto político dos pleitos municipais e levantamento das Prefeitas brasileiras eleitas nos 90 anos de liderança feminina na gestão municipal, como objetivo de gerar diferentes conteúdos pela Confederação Nacional dos Municípios e Redeh.
2021
Nilcea – As Faces da Diversidade
Projeto pontual de pesquisa e montagem de uma exposição para homenagear a memória de Nilcéa Freire e suas faces da diversidade, inicialmente prevista para março de 2021, com catálogos, vídeo de divulgação e outras peças para redes sociais. A largada foi dada a partir do levantamento e captação do material pré-definido como necessário para a construção da linha da exposição e os recursos disponíveis para tal. Em novembro, já sabedoras da impossibilidade de concretizar essa atividade de exposição presencial aberta ao público, por conta da crise pandêmica que não deu tréguas, acordamos com a Fundação Ford e Open Society (nossas apoiadoras) de pensar uma estratégia para dar visibilidade a trajetória da Nilcea proposta virtual.
SAÚDE, DIREITOS SEXUAIS
E JUSTIÇA REPRODUTIVA
A questão da saúde, dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos marca a agenda do movimento de feminista no Brasil há mais de 3 décadas. A REDEH acredita e aposta em metodologias que valorizam a atuação das mulheres enquanto agentes de prevenção e promoção da saúde. Como marco desde sua fundação e comprometida com essa agenda, seguimos buscando implementar as Plataformas de Ações levadas pelas mulheres para a Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994) e Conferência Mundial sobre Mulher, Desenvolvimento e Paz (Beijing, China, 1995). No âmbito das articulações e políticas públicas na área de saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos, a REDEH integrou a Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos (Rede Saúde) e as Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro. Como integrante da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos (Rede Saúde) foi uma das organizações escolhidas para a Coordenação da Campanha 28 de setembro – Dia Latino Americano da Luta pela Descriminalização do Aborto, quando esta veio para o Brasil. Atualmente, o foco central está na perspectiva da Justiça reprodutiva, conceito potência que desvela as desigualdades existentes entre as mulheres, especialmente negras e pobres, no acesso a direitos. Também constrói a Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto – FNPLA e a Frente Estadual, apostando na construção coletiva pela defesa dos direitos reprodutivos das meninas, mulheres e todas as pessoas que gestam, particularmente o direito de escolha de ser ou não mãe e de acessar o aborto previsto em Lei (casos de estupros, risco de vida da gestante ou por anencefalia). Como integrante da Articulacion feminista Marcosul – AFM, a Redeh vem contribuindo com o monitoramento dos compromissos assumidos no Consenso de Montevidéu realizado através do Sistema de Alerta Regional – SAR (http://sistemadealertasregional.org/), ferramenta destinada a denunciar o descumprimento dos Estados da América Latina e do Caribe, em relação à violações dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos que ocorrem em cada país.
Atualmente, com a Ação em curso de julgamento da ADPF 442 pelo STF, que visa descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, a Redeh integra um conjunto de Organizações brasileiras que vêm desenvolvendo ações para o diálogo com a sociedade sobre a criminalização das mulheres e suas consequências na vida concreta de meninas, mulheres negras e pobres, ao mesmo tempo em que vem realizando uma série de incidências no Congresso Nacional contra retrocessos em curso e mantendo como horizonte maior a luta legalização do aborto.
Ainda no campo dos direitos reprodutivos, a Redeh integra o Fórum Perinatal do Rio de Janeiro, comprometida com a luta pelo fim da violência obstétrica e redução da morte materna.
INICIATIVAS REALIZADAS DENTRO DESSA ÁREA DE ATUAÇÃO, INDICADAS CRONOLOGICAMENTE:
1991
Cadernos da REDEH
O objetivo dessa publicação foi trazer para o debate as reflexões e dados concretos sobre as novas tecnologias de reprodução, sobre o impacto da biotecnologia na saúde e no meio ambiente, sobre os novos contraceptivos e suas implicações no controle de natalidade, em países como o Brasil. A abordagem do ponto de vista feminista antirracista é a tônica das falas e ao mesmo tempo, o ponto de partida e continuação de um caminho com trabalhos consistentes, afiadas conversas, profundos encontros, terríveis descobertas, surpreendentes surpresas e saudáveis discordâncias.
1992